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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Cadastro Ambiental : ainda pendente

     O Canal do Produtor lançou algumas respostas para o CAR. Coisa Antiga? Não sei. Só sei que muito pouca gente já fez, e que politicamente isso é ferramenta de ação do governo. Não custa a lida, para ver o seguinte: fazer é simples.
     O Cadastro Ambiental Rural - CAR é um importante instrumento para a regularização ambiental. Os dados cadastrados farão parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o SIC AR, que ficará sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente de cada Estado, do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama.
     Caso enfrente problemas no momento da Cadastro, verifique a conexão da sua internet e o sistema operacional do computador para baixar o programa. Se continuar dando erro, entre em contato com o suporte do Ministério do Meio Ambiente.
     A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA quer ajudar o produtor rural e, por isso, selecionou perguntas e respostas que poderão solucionar dúvidas sobre o Cadastro Ambiental Rural:
1. O que é o CAR – Cadastro Ambiental Rural?
(CAR) é um cadastro eletrônico que deve conter os dados básicos das propriedades rurais. O cadastro é obrigatório a todas as propriedades e posses rurais e os dados informados são declaratórios (como é, por exemplo, a declaração do Imposto de Renda), de responsabilidade do proprietário ou possuidor rural. Os dados do CAR farão parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o SIC AR, que ficará sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente dos Estados, do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama.

2. Para que serve o CAR?
O CAR é a principal ferramenta prevista na nova lei florestal para a conservação do meio ambiente, a adequação ambiental de propriedades, o combate
ao desmatamento ilegal e o monitoramento de áreas em restauração, auxiliando no cumprimento das metas nacionais e internacionais para manutenção de vegetação nativa e restauração ecológica de ecossistemas.

3. Preciso me inscrever no CAR?
Todas as propriedades ou posses rurais devem ser inscritas no CAR. Isso independe da situação de suas terras: com ou sem matrícula, registros de imóveis, ou transcrições.

O intuito do CAR é a regularização ambiental, e não a regularização fundiária.
4. Quais as vantagens em fazer o cadastro?
O CAR facilitará a vida do proprietário rural na obtenção de licenças ambientais, pois a comprovação da regularidade da propriedade acontecerá por meio da inscrição e aprovação do CAR e o cumprimento no disposto no Plano de Regularização Ambiental, que será em breve instituído pelo Estado. Com isso, não haverá mais a necessidade de procedimentos anteriormente obrigatórios, como a averbação em matrícula de Reservas Legais no interior das propriedades. Todo o procedimento para essa regularização poderá ser feito online.

Acesse www.car.gov.br para fazer o Cadastro Ambiental Rural da sua propriedade.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sem dinheiro, obras em rodovias param

Sem dinheiro, obras em rodovias param

A crise nas contas públicas que leva o governo a promover o ajuste fiscal já afeta obras de infraestrutura em todo o país. Ao menos 15 rodovias federais tiveram serviços de duplicação e construção paralisados nos últimos dois meses, segundo levantamento feito pelo GLOBO com empresas contratadas para executar esses trabalhos, associações que representam empresários do setor e sindicatos de trabalhadores da construção pesada. A situação pode piorar ao longo do ano, já que o corte de gastos anunciado pelo governo na semana passada atingiu 36% do orçamento do Ministério dos Transportes. 
 
     Vinculado à pasta, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) admite que deve R$ 1,5 bilhão a várias empreiteiras responsáveis por obras em estradas. O atraso no pagamento começou ainda em novembro, dizem empresários. No primeiro trimestre deste ano, a justificativa era o contingenciamento das verbas do ministério enquanto o Orçamento de 2015 não era aprovado no Congresso. Nos meses seguintes, passou a ser a expectativa de definição do corte parra compor o ajuste fiscal. Agora, a pasta pretende definir, até o fim deste mês, como vai utilizar os recursos disponíveis para pagar os atrasados. Só então será possível identificar como isso vai afetar o cronograma das obras. 
     Sem receber do governo federal, algumas empreiteiras reduziram o ritmo dos trabalhos para manter os canteiros de obra funcionando apenas com recursos próprios. Outras empresas ficaram sem caixa e resolveram interromper a movimentação de máquinas e trabalhadores até que os pagamentos sejam regularizados. Só no Rio Grande do Sul, que tem três obras do Dnit inconclusas, estima-se que 4 mil operários da construção pesada foram demitidos desde o início do ano. O setor emprega 18 mil funcionários no estado, segundo Isabelino dos Santos, presidente do sindicato da categoria. Em Rondônia, estado com duas obras na lista de atrasos, o sindicato estima que 500 postos de trabalho têm sido fechados por mês desde janeiro. 
Atraso no MT atrapalha produção agrícola
     No Rio Grande do Sul, dos nove lotes em que foi dividida a duplicação da BR-116, entre Pelotas e Guaíba, quatro estão paralisados, diz Nelson Sperb Neto, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem do estado e dono de uma empreiteira contratada para trabalhar na obra. A duplicação de outra estrada, a BR-290, na região de Eldorado do Sul, também está paralisada. Mesmo assim, segundo ele, os contratos não são rescindidos porque o setor depende da verba governamental. 
- Mesmo as empresas que estão sem receber preferem não rescindir o contrato, porque correm o risco de ficar sem nada. Enquanto isso, continua morrendo gente nessas estradas de pistas simples, e o gasto do transporte fica caro, o que tem impacto nos produtos - diz Sperb Neto. 
     Principal obra rodoviária do Mato Grosso, a duplicação da BR-163, que, em alguns trechos sobrepõe o traçado da BR-364, também parou. A obra ajudaria no escoamento da produção agrícola do Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, algodão e carne. No trecho entre Cuiabá e Rondonópolis, os trabalhos estão paralisados desde o final de 2014 sem os repasses. 
- Essa situação deixou os empresários numa condição alarmante e colocou os trabalhadores em risco. Várias empresas estão passando por dificuldade financeira. Quem precisou comprar maquinário para fazer o serviço está tendo que devolver os equipamentos, porque não tem como pagar - afirma Alexandre Schutze, presidente do sindicato patronal do Mato Grosso. 
     Devido ao atraso, o motorista que passa pela BR-163 pode enfrentar uma situação curiosa: pagar pedágio sem que a duplicação tenha sido concluída. Por contrato, a concessionária Rota do Oeste poderá iniciar a arrecadação tão logo duplique 10% dos 453,6 quilômetros sob sua responsabilidade, independentemente de quanto o Dnit executou dos 281 quilômetros de pista que lhe caberia fazer. 
     A retomada das obras nos trechos paralisados ainda é incerta, e o problema pode se repetir em outros locais. Ao anunciar o corte no Orçamento, na semana passada, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o Ministério dos Transportes teria dinheiro suficiente para tocar 14 obras prioritárias e outras 13 do Dnit. A soma é menor que o total de 54 obras em rodovias federais que tiveram verba empenhada no orçamento da pasta em 2014. Ou seja: nem todas terão pagamento assegurado. 
     O GLOBO pediu entrevista ao ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (indicado pelo PR), na semana passada, mas sua assessoria alegou falta de tempo. Em nota, a pasta informou que “está avaliando a destinação de recursos orçamentários” após o corte da semana passada. O Dnit informou que não emitiu ordem de paralisação — que formaliza a suspensão de um contrato - para nenhum dos contratados para as obras. Segundo o órgão, os pagamentos pendentes “estão sendo efetuados seguindo a ordem das datas dos serviços medidos”. Até o momento, diz o Dnit, não há definição “sobre a necessidade ou não de priorizar quaisquer obras”. 
Fonte: O Globo

quarta-feira, 20 de maio de 2015

China vai habilitar 26 frigoríficos brasileiros até junho


China vai habilitar 26 frigoríficos brasileiros até junho


 
O Brasil deverá ter 26 plantas frigoríficas habilitadas a exportar para a China até junho deste ano, o que pode representar cerca de US$ 520 milhões em vendas para o país oriental. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (19) pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) depois de receber em audiência o ministro chinês da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena, Zhu Shuping.
 
Ainda na manhã desta terça, a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, oficializaram a liberação da venda de carne bovina para o mercado chinês, embargada desde 2012. A presidenta recebeu o primeiro-ministro chinês em solenidade no Palácio do Planalto.
 
Do total de plantas habilitadas, nove frigoríficos (oito de bovinos e um de aves) tiveram a habilitação oficializada hoje, junto com a assinatura do fim do embargo da China à carne brasileira.
Segundo a ministra Kátia Abreu, o governo chinês se comprometeu em liberar as 17 plantas restantes em junho, durante visita oficial da ministra ao país oriental. “Entreguei toda a documentação em inglês para o ministro. Ele saiu daqui com a promessa de uma cooperação rápida, de que tem toda disposição de ajudar”, disse.
 
De acordo com o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Olmir Cividini, a medida é importante para os pecuaristas de Mato Grosso. “Cada mercado que se conquista é a possibilidade de se conseguir o crescimento da atividade econômica da pecuária de corte.” Segundo ele, este aumento externo de demanda não impactará a oferta ao mercado interno, em função da intensificação de tecnologia no campo, da integração lavoura-pecuária e da eficiência no confinamento de gado.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sucessão nas empresas rurais – desafios para a segunda geração

Sucessão nas empresas rurais – desafios para a segunda geração



Por Cilotér Borges Iribarrem

Este é o artigo Agripoint dessa semana. Trata de um tema presente em 100% das propriedades: quem vem depois. Algumas, como a minha, vivem isso no agora, com a administração conjunta entre gerações. É fácil? Nunca. Mas alguma teoria ajuda...

A segunda geração é a chamada geração dos irmãos, que tem um emocional muito forte. Na maioria das vezes, não são sócios voluntariamente, mas são sócios porque são irmãos. Normalmente, as famílias querem saber como se resolve um problema familiar, mas quase nunca querem saber as causas.

Algumas famílias creem que a simples reorganização do trabalho na empresa resolverá, da noite para o dia, todos os problemas entre os irmãos; mas esses conflitos não se resolvem facilmente. É um erro tentar solucionar contendas entre irmãos usando apenas ferramentas de gestão, pois, em geral, os atritos são por questões emocionais.

Muitas vezes, quando os irmãos se tornam sócios e a sociedade não tem regras, não tem comunicação, os conflitos aumentam. Como consequência, usam a empresa como campo de batalha, através da disputa do poder, distribuição de dividendos etc.

É necessário ajudar os irmãos em conflito a falar do que habitualmente não falam, aceitar as diferenças e enfrentar abertamente os pontos de tensão, em vez de ficar sabotando os esforços uns dos outros, além de obrigar os demais membros da família e até empregados a se posicionarem na disputa.

Como na segunda geração a emoção é mais forte que a razão, muitas vezes o pensamento técnico pode não dar certo, pois não é um processo racional – e, assim não sendo, ele não consegue dominar o processo afetivo.

O conhecimento sempre pode comprar, mas a confiança não tem preço.

Muitas empresas terminam na segunda geração porque a sociedade não se escolheu livremente. Como eram herdeiros, passaram a ser sócios, algumas vezes por imposição dos pais. Estes fazem parte da primeira geração e sempre decidiram tudo sozinhos, pois eram fundadores e únicos donos da empresa.

É fundamental que ocorra preparação para a segunda geração trabalhar em sociedade. Não se pode deixar para resolver após a morte dos pais; este é o pior momento e, na maioria das vezes, não dá certo.

Quando tratamos de sucessão familiar em empresas rurais, a situação é bem mais complexa, pois o maior valor do patrimônio é a terra. Esse patrimônio é muito difícil de dividir entre os herdeiros, devido a suas peculiaridades de estrutura de produção (tipo de solo, infraestrutura, acessos etc.). A estrutura foi construída para ser trabalhada como uma unidade única de produção, onde a propriedade e a direção pertenciam somente ao casal.

Em geral, os conflitos são inevitáveis, são parte natural de nossas vidas. Não raro, a demora da implantação do processo de sucessão, por não se saber resolver os problemas e por temor de piorar a situação, só aumenta os atritos, dificulta as relações pessoais e torna a comunicação muito mais difícil, sendo esta uma condição necessária para trabalhar em sociedade.

Para conhecer melhor o que é uma empresa familiar, é preciso entender que as famílias têm filhos e as sociedades têm sócios; portanto, nem tudo que é bom para a família é bom para a empresa, enquanto o inverso é verdadeiro.

O planejamento sucessório é um processo de transferência ordenada do patrimônio de uma família à próxima geração, identificando e formando as pessoas que dirigirão a empresa familiar.

Para que um processo de sucessão seja exitoso, tem-se de preparar, o sucessor, o sucedido, a empresa e a família, pois sempre ocorrerão duas sucessões, a patrimonial e a diretiva.

No caso das empresas rurais, a preparação do processo de sucessão da primeira para a segunda geração é fundamental, para que não se tenha de dividir patrimônio, mas dividendos e benefícios.

A Safras & Cifras tem trabalhado o processo de sucessão nas empresas rurais do Brasil, da primeira para a segunda geração, da seguinte forma:
– conhecendo a família, o patrimônio e o negócio e como ocorre este relacionamento;
– implantando a governança através dos acordos dos sócios, das regras da sociedade para a empresa e para a família, instrumentalização do contrato social, acordo de cotistas, protocolos familiares, contratos de parceria, entre outros.

A partir da implantação da governança e do planejamento de sucessão, definimos pontos fundamentais, que são os causadores dos conflitos nas empresas familiares e, com isso, evitamos ou diminuímos os problemas, principalmente através de:
– estabelecimento de regras para a sociedade;
– distribuição de dividendos;
– estabelecimento do mapa do poder e da administração;
– estratégias de comunicação;
– trabalhar o entendimento dos sócios de que a propriedade é impessoal;
– planejamento da transferência do patrimônio de uma geração para a outra.

Implantado a governança e o processo de planejamento da sucessão, que normalmente leva de um ano a dois anos para que se consolide, e garantindo que todos os participantes da sociedade familiar fiquem conscientes de seus direitos e deveres, caminhamos na direção de evitar o fracasso das empresas na segunda geração, pois 60% dos rompimentos ocorrem por falta de regras, comunicação e confiança entre os sócios; 25% são por inadequada preparação dos sucessores e herdeiros.

O fracasso das empresas na segunda geração, devido a razões técnicas e conjunturais, só ocorre em 15% dos casos.

Com tais providências, são vencidos os desafios de transferir a empresa da primeira geração para a segunda geração, sem prejuízo da harmonia da família, mantendo o negócio saudável e competitivo, crescendo e gerando resultados sólidos, projetando o patrimônio para as futuras gerações e trabalhando os jovens, para terem compromisso com o legado familiar.

É assim que devemos proceder no processo do planejamento da sucessão familiar e da governança, da primeira para a segunda geração, pois, na sociedade de irmãos, não pode haver a informalidade que havia na dos pais (fundadores e únicos donos da empresa).

Por Cilotér Borges Iribarrem, consultor em governança e sucessão familiar em empresas rurais do Safras & Cifras. - PARA O AGRIPOINT

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Economia afeta consumo de carnes

Diminuição no poder de compra das famílias dificulta a comercialização dos produtos no mercado interno; exportações de frango têm nova baixa em abril


Arroba bovina segue em patamares recordes com queda na oferta (Foto: Divulgação)

O aumento nos preços do bovino e um possível ganho na demanda de suínos e aves, como alternativas de consumo, são promessas para a cadeia de carnes. Entretanto, os problemas na economia já dificultam as vendas no setor.

"Percebemos uma queixa clara sobre a diminuição no poder de compra das famílias. A economia anda fraca e, mesmo que a arroba do boi esteja em alta, para o consumidor, a diferença de preços entre as carnes ainda não chega tão distinta", afirma o analista de mercado do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Augusto Maia.

Um levantamento do instituto mostra que os valores do suíno vivo registraram redução de até 20% em abril, quando comprado ao mesmo mês do ano passado. Para os pesquisadores, a pressão vêm da demanda interna e externa enfraquecidas. Maia conta que este é um dos menores patamares para o produto nos últimos anos, em consequência, a indústria tem feito o repasse para o consumidor e ainda assim não têm alavancado a demanda.

Contraponto
O reflexo do cenário atual na carne bovina foi debatido ontem (05) durante evento do Rally da Pecuária, em Campo Grande (MS). Segundo publicação da Agência Estado de notícias, as perspectivas para a pecuária de corte no segundo semestre são positivas, apesar das dificuldades macroeconômicas enfrentadas pelo Brasil.

"Independentemente do momento econômico, o cidadão brasileiro é um grande consumidor de carne [bovina] e temos uma população de quase 200 milhões de pessoas. Então, não acredito em crise em 2015 para o segmento da pecuária de corte", avalia o chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares.

Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, as projeções de crescimento entre 2% e 3% para aves, neste ano, ainda são mantidas apesar do recuo nas exportações do setor. A aposta se baseia em um incremento no consumo interno como alternativa para o bovino. Neste contexto, o suíno também pode ser favorecido.

Segundo a associação, os embarques de frango totalizaram 1,26 milhão de toneladas no quadrimestre, queda de 2% no comparativo anual.

Mercado externo
Nesta semana, a Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu o Protocolo de Adesão à União Europeia uma das etapas do Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA).

Nayara Figueiredo, pelo CNA

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O CAR é obrigatório. E mais: é importante...

Agricultores têm dificuldades para preencher o Cadastro Ambiental Rural

Cadastro é obrigatório para todas as propriedades. Prazo vai até 5 de maio. Responsável pelo cadastro responde dúvidas sobre o CAR.

César Dassie Do Globo Rural
Na maioria dos estados brasileiros, os agricultores encontram dificuldade para preencher o Cadastro Ambienta Rural, que é obrigatório para todas as propriedades. O prazo está vencendo. Vai até cinco de maio.
O agricultor José Fernandes tem uma produção orgânica, no norte da Bahia, de coco, manga e banana, em Jaguarari. Ele ainda não preencheu o CAR de sua propriedade. “Se não fizer isso, eu acredito, pelas informações que temos, que não terá como escoar o seu produto”, diz.
Marco Vinicius de Souza, genro de José, tenta ajudá-lo a se inscrever no CAR. “Não é fácil. Dá a ideia que é, mas não é. O produtor tem que ter um apoio, algum órgão que possa auxiliá-lo a utilizar o sistema”, diz.
 
Assim como eles, muitos produtores ainda não fizeram o CAR. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, até esta semana, menos da metade das áreas com propriedades agrícolas havia sido cadastrada. O estado mais atrasado é o Rio Grande do Sul.
Dos mais de 20 milhões de hectares que deveriam ter sido cadastrados no Rio Grande do Sul apenas 0,41% das áreas informaram os dados. Um dos produtores que ainda não se inscreveram é José Estefen, que cultiva milho e trigo e soja, no município de Santa Rosa. “Eu penso que se prestar uma informação errada e depois tiver cobrança em cima disso, não tem como retificar...”, comenta.
A baixa adesão no Rio Grande do Sul não se deve apenas as dificuldades com o sistema. “Infelizmente a gente está bem atrasado em um contexto geral do país, e isso se dá a duas grandes indefinições históricas aqui do estado: o que fazer com o bioma Pampa e o que fazer com o Banhado, como definir e caracterizar o Banhado”, declara Gabriel Ritter, diretor de Biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente/RS.
Sem estas definições, o governo do estado pediu prorrogação por um ano, do prazo determinado pela lei. Enquanto isso, sindicatos gaúchos dão uma orientação aos agricultores: esperar. “Enquanto não for criado estas regras para o estado, que seja prorrogada esta data do dia 5 de maio”, informa Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag/RS.
Já em Matão, São Paulo, o agricultor José Simão, apesar de conhecer bem a sua propriedade, não entende de computador. Para preencher o CAR ele foi até Taquaritinga encontrar um advogado contratado pelo sindicato rural. O sistema estava lento e só depois de 15 minutos foi possível acessar o mapa com imagens de satélite do terreno. Depois foi dó incluir os dados da fazenda que José sabia de cor.
“O produtor até sabe o que é o CAR, porém, alguns termos que devem ser inseridos no sistema, eles desconhecem porque é um termo legal, não é acessível e explanado para o produtor”, avalia Eduardo Cestari, advogado.
De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro, o produtor que não se cadastrar até cinco de maio não vai ser multado. Mas, sem o CAR, ele não terá acesso a certos benefícios, como o crédito rural.
Todo o trabalho do CAR no país é coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Raimundo Deusdará Filho, diretor geral do órgão, respondeu algumas perguntas sobre o assunto:
O estado do Mato Grosso do Sul tem um esquema próprio de preenchimento do CAR. No estado é cobrado uma taxa dos produtores que têm propriedades acima de quatro módulos fiscais, ou seja, mais de 160 hectares. A cobrança é legal?
O estado do Mato Grosso do Sul tem um sistema próprio. Logo, ele tem regras próprias de fazer a inscrição e análise dessas informações. Entendo que se o Mato Grosso do Sul está adotando essa postura, esse procedimento, o estado deve estar fundamentado em uma lei ou em uma normativa estadual que garante a possibilidade de haver uma taxa, por exemplo, de análise dessas informações.
Em Marmeleiro, no Paraná, os sindicatos cobram de R$ 100 a R$ 300 para fazer o CAR. A cobrança é legal?
Me parece que essa é uma situação em que o sindicato está apoiando o produtor, está levando qualidade ao cadastro e está cobrando uma taxa de serviço.

A lei diz que o CAR é gratuito. O Estado não deveria oferecer assistência técnica?
Sim. O governo está prestando apoio a esses produtores diretamente através dos órgãos estaduais, através dos sindicatos, cooperativas e assistências técnicas.
Quem não tem escritura da propriedade deve fazer o CAR?
Sim. O Cadastro Ambiental Rural é para aqueles que têm escritura da propriedade, o seu imóvel rural, e aqueles posseiros que têm vários tipos de posse, mas em todas as situações o cadastro é obrigatório.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ministra e suas declarações

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, disse sexta-feira (13) que, mesmo que haja aumento na taxa de juros do Plano Safra 2015/2016, “nada será feito que inviabilize a agricultura”. A ministra evitou responder se haverá nova elevação dos juros e se será maior que a do ano passado, quando as taxas do programa subiram em média um ponto percentual.

“Nós sabemos da rapidez com que a agricultura responde à economia, ao emprego, às importações. Estou totalmente tranquila no que diz respeito ao volume e aos juros que praticaremos na próxima safra. Não posso responder [sobre a alta de juros], nós teremos o momento adequado, que será o lançamento do plano”, disse.

Kátia Abreu falou à imprensa após participar da 4ª Reunião de Ministros da Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Brics, grupo que reúne as cinco principais economias emergentes: Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.

Na entrevista, a ministra também confirmou que o engenheiro agrônomo André Nassar, diretor da empresa de consultoria Agroícone, será o próximo secretário de Política Agrícola da pasta. “Nos próximos dias, aguardamos nomeação pela Casa Civil, que tem o trâmite burocrático necessário”. Por fim, Kátia Abreu informou que o ministério deve enviar uma missão à China, Malásia e Rússia para tratar da questão da exportação da carne brasileira.

“Estamos organizando agora, na segunda semana de abril. Vamos com entidades, grandes empresas, médias empresas, que estão em negociação para a abertura de plantas não só na China, mas também na Malásia e na Rússia. Queremos estar em dia com todos os nossos protocolos sanitários e fitossanitários para dar solidez a esse comércio”, afirmou.

O PROBLEMA É O SEGUINTE: A SRA. KÁTIA FICOU "MANCHADA" NA EXPODIRETO POR DECLARAR EM DISCURSO UMA TAXA DE JURO, INFERIOR À TAXA QUE DECLAROU DOIS DIAS DEPOIS EM BRASÍLIA. DÁ PRA SE FIAR NO QUE ELA FALA? RESPOSTAS, COM O PASSAR DO TEMPO....

A reportagem é da Agência Brasil.

quarta-feira, 11 de março de 2015

SAFRA RECORDE VEM AÍ...

Nielmar de Oliveira

Os três principais produtos (arroz, milho e soja) chegam a representar 91,5% das estimativas da produção




A segunda estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas prevê safra recorde, com a produção total de 199,6 milhões de toneladas, resultado 3,5% superior à safra obtida em 2014, que atingiu 192,8 milhões de toneladas.

Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgada hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da manutenção das expectativas de safra recorde, quando comparada às previsões de janeiro, os números indicam uma queda de 1,8 milhão de toneladas (-0,9%).

Segundo o IBGE, dentre os 26 principais produtos, 12 apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaque para produtos em grãos como aveia, com crescimento de 23,6%; cevada (23,1%); feijão, na primeira safra (9,6%); soja (9,8%) e trigo (21,6%).

Entre os 14 produtos produtos com variação negativa destacam-se algodão herbáceo em caroço (-7,8%); batata - inglesa na terceira safra (-19,4%), milho na segunda safra (7,5%), sorgo em grão (6,2%) e triticale (10,5%).

Os três principais produtos (arroz, milho e soja), chegam a representar 91,5% das estimativas da produção e responderam por 85,3% da área a ser colhida. A produção de soja deverá ser 9,8% maior; a do arroz (2,6%); a do milho poderá cair 4,2%.

Os números do IBGE indicam que a área a ser colhida será 1,5% maior, atingindo 57,2 milhões de hectares. Em 2014, a área colhida foi 56,3 milhões de hectares. Entre os três principais produtos, o maior crescimento na área a ser colhida foi a soja, 3,9% maior do que em 2014. A área a ser colhida pelos dois produtos diminuiu: a do arroz deverá ser 1,8% menor e a do milho 1%.

Mesmo apresentando redução de 2,8% em relação à produção do ano passado, a Região Centro-Oeste, concentra o maior volume de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 80,6 milhões de toneladas; seguido da Região Sul, com 75,7 milhões de toneladas; do Sudeste, 18,8 milhões de toneladas; Nordeste, 18,9 milhões de toneladas; e da Região Norte, com 5,5 milhões de toneladas.

O estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos, com uma participação de 23,3% do total nacional, seguido do Paraná (18,4%) e Rio Grande do Sul (16,2%), que, somados, representaram 57,9% do total nacional.

Em números absolutos o incremento mais significativa entre as safras 2014/2015 ocorreu na produção de soja, que vai superar em 1 milhão de toneladas a safra do ano passado, atingindo 8,4 milhões.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas. As informações são obtidas por meio das comissões municipais e regionais; consolidadas em nível estadual pelos grupos de coordenação de Estatísticas Agropecuárias e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias, constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Agronegócio UPF - Resumo das Disciplinas

Pessoal do Terceiro Semestre

Resumo do que vimos até ontem

Economia Agroindustrial - Cadeias Curtas X Cadeias Longas
Sistemas de Informações - Dados X Informações
Custos - Terminologias detalhadas sobre em custos
Matematica Financeira - Juros Simples

Quem quiser mais dados e a matéria, me prende o grito

As Paralisações deram prejuízo?

Aves e suínos reforçam atividades para pagar prejuízos milionários

Nayara Figueiredo - No CNA

Exportações de suínos atingiram o menor nível dos últimos nove anos, em fevereiro, 21,95 mil toneladas  

Dez dias de bloqueio nas principais rodovias do País foram suficientes para a consolidação de problemas com transporte, ração e processamento de aves e suínos, um prejuízo milionário. Para minimizar os danos, já são esperados aumento no abate, nas horas de trabalho, nos custos de produção e nas negociações com o mercado internacional.

"O estrago foi grande. Fizemos um exame superficial e os prejuízos chegaram a pelo menos R$ 700 milhões. A partir do terceiro dia da greve dos caminhoneiros os resultados começaram a ser assustadores porque os bloqueios foram concentrados na Região Sul, o coração da produção de aves e suínos no Brasil", lamenta o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.
Nossa opinião: Toda ação gera efeitos. O que espera-se é que este prejuízo seja compensado por um retorno na situação geral. MAS ALGO PRECISAVA SER FEITO. NÃO PODEMOS CULPAR QUEM TENTOU, MAS QUEM CAUSOU TUDO ISSO : O GOVERNO.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

E aí, como vai o boizinho?

Escala de abates reduz, preço se mantém interessante para pecuarista

       
O preço da arroba do boi gordo pago pela indústria deve permanecer favorável para o pecuarista de Mato Grosso. A redução da escala de abates e a consequente  menor utilização da capacidade abate das unidades frigoríficas do estado, contribuíram para a manutenção dos preços. De acordo com informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), para conseguir manter sua linha de produção, a indústria não deve diminuir os preços no curto prazo, garantindo boa margem para o produtor.
A utilização da capacidade frigorífica das indústrias de Mato Grosso diminuiu em 9,02 pontos percentuais na comparação com os meses de janeiro de 2015 e 2014. A média da utilização no Estado em 2014 foi de 46,52%, ou seja, menos da metade da capacidade de  abate do estado foi utilizada.  A escala de abate também apresentou redução, de 30,26%, passando de 7,63 dias para 5,32 dias no início deste ano. Já a média da escala de abate em 2014 foi 21,45% menor que a de 2013.
O gerente de projetos da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, explica que o bom momento vivido na pecuária permite investimentos na atividade. Segundo ele, é preciso que o produtor continue fazendo os cálculos dos ganhos, a fim de verificar o melhor momento para entregar a boiada.
Fonte: Acrimat, adaptada pela Equipe BeefPoint.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O Blog Retorna....

Colegas

Retornar é sempre marcante. Nem por isso fácil, mas marcante...

2015 retornamos com o blog semanal. São tempos de what´s up, mas a notícia postada para mim sempre é valida.

A idéia é trazer para a faculdade o Agronegócio lá fora, e para o mundo do Agronegócio aquilo que nosso estudo auxilia.

Semanalmente, nas quartas feiras estamos aqui.

Sempre as ordens

Otacilio